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Disfunção executiva no Autismo

O que é a disfunção executiva?

Antes de falar sobre as disfunções é necessário entender o que são as funções executivas. Elas são responsáveis pela nossa capacidade de pensar, agir, planejar, tomar decisões e controlar impulsos. Quando acontece uma falha nessas funções, ocorre a disfunção executiva, que é uma característica comum dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A falta do diagnóstico no autista disfuncional pode levar a um déficit em seu desenvolvimento, podendo se estender para a adolescência e vida adulta, onde a pessoa passa a enfrentar ciclos sociais, vida acadêmica e o mercado de trabalho, tendo dificuldades na elaboração e execução de atividades cotidianas.

Tismoo.meAlguns dos sintomas da disfunção executiva podem se apresentar assim:

  • Dificuldades em começar ou dar continuidade a uma tarefa; 
  • Problemas ao planejar uma sequência de etapas e segui-las;
  • Dificuldades em entender o que os outros pensam ou sentem;
  • Não entender as consequências de suas ações;
  • Problemas em manter um comportamento por muito tempo;
  • Dificuldade na tomada de decisões; 
  • Má administração do tempo e suas prioridades.

Como identificar a disfunção executiva?

É possível identificar problemas relacionados à disfunção executiva a partir da observação do comportamento da criança e adolescente. Dentro da rotina da criança podemos observar os seguintes comportamentos: 

  • Começa a guardar os brinquedos e não termina;
  • Acaba parando no meio da tarefa ou perde o interesse rapidamente;
  • Dificuldades para lidar com frustrações e manejar os próprios sentimentos;
  • Não termina de assistir os desenhos e já começa a fazer outra coisa;
  • Quando recebe uma lista com instruções acha difícil entender as etapas e a ordem para cumprir.

Já os sinais da disfunção executiva em adultos podem se manifestar de maneira diferente e mais sutis que em crianças e adolescentes, como: 

  • Resistência em se adaptar a mudanças de rotina, tendem a ter o comportamento ritualizado e repetitivo; 
  • Dificuldade em planejar e seguir etapas dentro de um processo, como por exemplo: 
  • Organizar as tarefas do trabalho; 
  • Entender como priorizar etapas;
  • Iniciar ou dar continuidade em projetos ou tarefas; 
  • Dificuldades em lidar com sentimentos de raiva, frustração ou tristeza.

Referências:

  • SCIELO. As Relações entre Autismo, Comportamento Social e Função Executiva. Disponível em:  03-CLEONICE (scielo.br) Acesso em 21 de Junho de 2024